34 - Quando a Música Atinge o Refrão


 Fizemos uma pausa para comer. Alfred havia preparado a comida e minha boca salivava, eu precisava repor as minhas energias.


Enquanto jantávamos, a troca de olhares entre nós era intensa. Meu pé acariciando sua perna por debaixo da mesa. Alguns sorrisos provocantes entre nós, sorriso que Alfred não viu, o que ignorou.

A imagem de seu rosto relaxado, não saía na minha cabeça. Ele era lindo demais... Mas nunca me permiti encará-lo por muito tempo. Tive medo de me apaixonar pelo meu melhor amigo... O que, agora, não me parece um problema.

A segunda rodada entre nós foi a mais intensa. Já que agora conhecíamos mais ainda o corpo um do outro. Ele sabia o que me atiçada e eu sabia o que o excitava. Era como um jogo divertido entre nós, e ele fez questão de melhorar tudo ao colocar o som de seus alto-falantes no volume máximo em seu quarto.

Eu sabia que era uma tentativa de abafar os meus gritos e gemidos e sabe? Eu adorei a ideia...

Bruce é fã de muitas bandas, mas a preliminar começou com o som grave de Sleep token, a música Chokehold era deliciosa de ouvir, especialmente quando estávamos só começando.

Os beijos começaram lentos, uma mão aqui e ali. Ele me puxava com força, e eu estava preparada para sentir o que ele estava prestes a me mostrar. Deixei que ele mostrasse seu lado mais perigoso. Não me importava de me ferir, e ele não se importava se eu mostrasse as minhas garras. Se deixasse as minhas marcas.

Ele me empurrou contra a porta de seu closet. Segurando minhas pernas em volta de seu quadril. Os beijos quentes e os chupões concentrados no meu pescoço. Eu arfava, os olhos fechados com força, e a adrenalina crescendo no meu peito.

Outra pancada contra a porta, mordi seu pescoço e puxei seu cabelo. Os beijos eram ferozes, doíam e, ao mesmo tempo, nos excitava mais ainda. Era delicioso estar naquela linha fina entre selvageria e excitação.

Uma peça de roupa caiu aos meus pés, depois outra e mais outra. Derrubamos tudo pelo caminho até acertar a cama, abajur quebrado, quadros da parede no chão, cortinas bagunçadas. Minha mão arranhou seu peito quase suado, ele mordeu meus lábios, senti o gosto de sangue misturado a saliva. Mas não ligamos.

"Sugar" começou a tocar. Bruce beijava minhas coxas, subindo até meus seios enfurecidos. Quando o refrão começou ele me penetrou, e não foi com carinho... Não... Foi deliciosamente forte. Cada vez mais forte. Eu aguentava, e ele sabia disso.

Arranhei suas costas com mais força ainda, mesmo com minhas unhas deixando sua pele marcada de vermelho... Ele não ligou. O fogo crescia entre nós e as penetradas se intensificavam, ao ponto de eu mal conseguir pensar direito.

Não havia espaço para conversas. Línguas se enrolando uma na outra, lábios mordiscados. A música era alta, muito alta. Meus ouvidos doíam, mas eu sentia todas as vibrações passando por mim.

Um dos ápices foi quando gozei, o refrão era o mais alto naquele momento. Me separei do beijo e gemi, gemi alto demais.

Bruce deu um meio sorriso provocativo e retirou, esfregando aquilo no meu clitóris. Eu gozava como um rio naquele momento. Tudo que conseguia fazer era arfar entre os gemidos.

O desejo era mútuo, forte entre nós.

Ele ficava cada vez mais excitado, analisando cada uma de minhas expressões. Seus dedos agora entravam na minha vagina e com o polegar alisava meu clitóris, movimentos circulares que pareciam deixar meu corpo cada vez mais quente.

— Bat... Ah, Bat... — gemi, meu corpo quase se contorcendo.

Bruce colocou o rosto contra o meu, ouvindo com atenção o seu nome escapar dos meus lábios.

Seus dedos se moviam rápido agora. Sem muito esforço, ativou o meu ponto G, me levando à loucura. Ele conhecia bem os pontos vulneráveis do corpo humano, esse conhecimento parecia fazer parte dele.

Minha mão alcançou seu pescoço e apertei com força. Ele foi motivado mais ainda, agora entrando em mim outra vez. Vi ele fechar seus olhos, se movendo lentamente agora, mas ainda com a mesma força de antes.

Pude ouvir os sons molhados durante um momento em que a música ficou mais baixa, trocando para a próxima faixa.

"Always been you" era perfeita para o momento. Fazia mais sentido agora entre nós, e eu o beijei. Ainda mantendo a minha mão em seu pescoço. Ele empurrava mais rápido agora, dessa vez puxando meu cabelo e empurrando seu rosto contra o meu, o beijo machucava muito, mas não liguei.

— Sempre foi você... Cat... — foi tudo o que ele disse em meio ao beijo, encarando meus olhos com tanta intensidade.

— Bat... — senti meu rosto ficar mais vermelho ainda, minhas bochechas queimando.

Ele colocou a mão na minha cintura, apertou novamente e meu corpo esquentou na hora. Outro gemido saiu e depois mais outro e outro, os movimentos aceleravam com tanta força e precisão, que senti como se a cama fosse quebrar.

Mas eu sabia que isso não o pararia.

Coloquei suas mãos em volta do meu pescoço, permitindo que ele apertasse. No início vi hesitação em seus olhos, como se ele não confiasse em si mesmo para aquela tarefa.

Mas o meu sorriso safado o motivou a seguir em frente e ele fez. E gostou...

Bruce ficou sobre mim, apertando o meu pescoço com força. Seus movimentos ficando violentos agora, senti dor, tanta dor, mas não pedi que parasse. Eu gostava...

A falta de ar fazia meu coração acelerar perigosamente e a adrenalina tomava contra outra vez. Bruce empurrava, e empurrava e empurrava até que eu estivesse completamente preenchida por ele. Senti ele rebolar, a cama batia contra a parede, mas o som mascarava o barulho.

Quando parecia insuportável demais ficar sem ar, minhas mãos alcançaram as suas e apertei mais ainda. Ele abriu os olhos, encarando o meu rosto roxo, e ele sorriu. Um sorriso tão frio quanto belo.

— A ideia foi sua... — ele disse sorrindo irônico. — Não devia ter me deixado fazer isso...

Ele apertou mais.

Bruce puxou e empurrou outra vez, atingindo o final do meu útero, seu pau marcava a minha pele por dentro, mas ele não parou, empurrou mais forte.

E então... Soltou.

Meu corpo se moveu de uma vez, puxando o ar com força. Mas ele não me deu tempo o suficiente para respirar, me beijou novamente.

Foi quando Korn começou a tocar, trazendo "Blind" ao lugar. Eu podia sentir a parede vibrar, e a língua de Bruce dançando com a minha. Eu respirava entre os beijos, ainda tentando recuperar o fôlego. Meu coração batia violentamente contra o peito agora, ainda tenso pelo movimento perigoso anterior.

Bruce continuava estocando.

Ele me deixou respirar livremente por um momento, agora descendo seu rosto até às minhas pernas. Minhas pernas se abriram mais ainda, acomodando seu rosto.

— Tem certeza? — eu disse.

— Absoluta... — ele deu outro meio sorriso, um olhar tão safado que eu não esperava vir dele.

Foi então que ele entrou e um grito inesperado escapou de mim. Agarrei o travesseiro com força, sentindo leves cócegas. Sua língua se movimenta com precisão, sugando os lábios como se fossem os da minha boca.

Vi como ele divertia ali. Seus lábios puxando a pele rosada, a cena era magnífica de se ver e só me excitava mais ainda.

Em outro momento fui mais ousada, ficando de joelhos na cama, o rosto dele abaixo de mim. Me segurei na cabeceira da cama King, esfregando minha boceta em sua boca e nariz, se era isso que ele queria, eu o daria. E daria com vontade.

Bruce não parecia incomodado, nenhum pouco, na verdade. Mesmo que eu estivesse sentando em seu rosto, tentando sufocá-lo como fez comigo.

Confesso ter gostado horrores de vê-lo ali.

Sua boca se mexia, seus lábios se misturando aos meus. Ele chupava com força, e em um desses movimentos, ele me olhou nos olhos, suas mãos apertando minhas coxas com força, tanta força que seus dedos ficaram marcados na minha pele.

Fechei meus olhos durante um gemido, por dentro das pálpebras eu revirava com força. Minha expressão relaxada e excitada era o combustível que o atiçava mais.

Bruce me derrubou para o lado, vindo atrás de mim e segurando meus pulsos.

— Parece que você está se divertindo... — ele me encarou e eu sorri.

— Eu estou... Você é bom.

Suas sobrancelhas se juntaram.

— "Bom"?

Eu ri, sabíamos o quão incrível ele era. Mas eu adorava provocar.

— Bom até demais... — continuei, sorrindo.

Por um momento ele ficou sério, seus olhos se estreitando. E então sorriu de canto, um sorriso meio irônico.

Outra troca de olhares rolou entre nós. Ele me analisava como o bom detetive que era, e pareceu ver a verdade em meus olhos.

E sem que eu percebesse... nos aproximamos outra vez, voltando a transar, agora com mais calma, os desejos mais controlados.

Movimentos mais leves, beijos sem nos importarmos com o gosto. Corpos esfregando um no outro e aquele calor voltando, mas contido agora.

— Eu te amo... Selinne... — ele me olhava nos olhos, enquanto me penetrava.

— Ah Bruce... — gemi, meus olhos se fixando aos dele. — Eu também... também amo você...

Depois de tudo, me encontrei deitada com ele em sua cama. Ainda arfando devagar... descansando juntos.

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