33 - Sem Máscaras, sem segredos
O beijo era intenso entre nós, lábios sobre lábios, sons molhados e aquele calor que apenas Batman sabia acender em mim, e a presença de Bruce só melhorava as coisas entre nós.
Talvez fossemos mais longe ali, em meio aquela excitação precipitada... Até ouvirmos um som que nos arrancou daquela realidade inebriante.
— Oh... — a voz surpresa e envergonhada de Alfred soou pela sala.
Bruce e eu nos afastamos num pulo, como dois adolescentes pegos no flagra. Senti minhas bochechas corarem e desvie o olhar, ajeitando uma mecha de cabelo atrás da orelha, como se isso pudesse disfarçar qualquer coisa.
— Perdão, patrão Bruce... senhorita — Alfred disse, erguendo uma sobrancelha de maneira quase cômica. — Só vim avisar que o jantar está quase pronto. Espero que... a senhorita Selinne possa se juntar a nós esta noite.
Bruce soltou um suspiro abafado e Alfred deu um passo discreto para trás, respeitoso como sempre, mas com um leve sorriso satisfeito no canto dos lábios.
— Eu... claro, aceito. Obrigada, Alfred. — respondi, tentando não soar sem fôlego. — E não vou levar nenhum garfo desta vez... — brinquei tentando afastar meu constrangimento.
Alfred sorriu.
— Muito bem, então. Vou terminar os preparativos... Mas bem, talvez demore mais do que o previsto. — ele disse, fechando a porta com elegância.
O silêncio pairou por um momento, até Bruce se aproximar de novo e, com aquela calma implacável, erguer meu queixo com os dedos.
— Onde estávamos? — sussurrou, antes de me beijar de novo.
Dessa vez, não houve mais nenhuma hesitação da minha parte. Eu o queria, e queria muito. Mas era claro que o sentimento e o desejo era mútuo...
Fomos tropeçando entre beijos pelo corredor escuro da mansão, até ele empurrar uma porta devagar. O quarto dele. Um lugar que tem tanto dele, que é quase como entrar dentro da mente de Bruce. Escuro, misterioso, organizado demais. Forte demais. Como ele...
Olhei em volta e sorri de canto.
— Eu só estive aqui uma vez. Pra te visitar quando você sofreu aquele... acidente de carro. Eu queria ter feito mais, mas Alfred parecia um enfermeiro melhor do que eu, naquele momento. — dei uma leve risada.
Bruce sorriu, fechando a janela com um clique quase simbólico.
— Não foi um acidente.
Me virei para ele, surpresa.
— Como assim?
— Me machuquei bastante na luta contra Ra's al Ghul. O acidente de carro na estrada da floresta foi só uma desculpa plausível para os meus ferimentos... E uma forma da mídia não fazer perguntas demais. Pedi a Batgirl para bater meu carro a 70 quilômetros por hora.
Fiquei em silêncio por um momento, absorvendo aquela revelação. A lembrança dele deitado naquela cama, com hematomas e costelas quebradas, voltou à minha mente. Eu me lembrava da notícia no jornal... e de como, naquela semana, toda a Liga dos Assassinos havia sido desmantelada.
— Eu me lembro disso... — sussurrei. — A Liga inteira... foi destruída. Vi a notícia. Disseram que muitos foram presos, outros mortos. E a tal Talia... disseram que os escombros caíram sobre ela. Ra's perdeu a cabeça, ficou ainda mais louco...
Bruce assentiu com um olhar pesado.
— E Ra's? — perguntei com um frio na espinha. — Existe alguma chance dele escapar da prisão secreta, onde ele está?
Bruce se aproximou e tocou meu braço com firmeza. Aquele gesto reconfortante e firme.
— Não. Gordon o enviou para um lugar onde ele nunca mais poderá retornar, ou ferir alguém. Nunca mais.
O olhar dele era denso, firme, como se estivesse jurando com o corpo e a alma. Eu não sabia bem o que aquelas palavras significavam, mas aquele olhar... Não tinha como não acreditar em suas palavras.
Sem pensar, me ergui na ponta dos pés e o beijei.
Bruce me puxou firme pela cintura, sua mão quente descendo e subindo. O beijo era suave e reconfortante nos primeiros instantes, mas algo em nós, tornou as coisas mais quentes do que devia.
Fomos em direção à cama dele, trocando beijos mais longos. Bruce sempre puxando meu corpo contra o dele. Quando estávamos deitados sobre o colchão, ele desceu seus beijos, indo dos meus lábios até o pescoço, clavícula, e colo do peito. Seus beijos pararam por um momento, sua língua passando e arrepiando a minha pele.
Não havia o que dizer. Os suspiros falavam por mim, diziam que ele poderia fazer o que quisesse. Eu apenas queria ser dele.
Bruce apertou a minha coxa contra seu quadril, sua outra mão subiu lentamente por debaixo da minha blusa. Ele não se importou em apertar sua mão firme sobre o meu sutiã.
— Posso?
— A vontade...! — interrompi entre arfadas.
Bruce sorriu, me provocando. Eu o beijei, sua mão se esgueirou atrás das minhas costas, destravando o fecho do sutiã. Minha blusa saiu voando, e os beijos continuaram quentes.
Quando dei por mim, nossas roupas estavam no chão. E o quarto quente e meio escuro a nossa volta, não havia som além do silêncio e dos nossos beijos.
Bruce estava com o quadril entre as minhas pernas. Entrava com força, subindo para cima e para baixo. Movimentos rápidos. Movimentos lentos... E uma mistura dos dois.
Os gemidos escapavam entrecortados pelos beijos intensos. Senti minha vagina preenchida completamente, e eu sabia que ele tinha mais para enfiar.
Eu estava certa.
Bruce empurrou com mais força ainda, empurrando aquela parede elástica. Senti uma pressão firme no estômago, e ao olhar para baixo, pude ver perfeitamente a elevação na minha pele. Era bem visível, mais do que achei ser possível.
Os movimentos aceleraram. Passei minha mão em volta de seus cabelos quase úmidos de suor. Minhas mãos deslizaram até suas costas cheias de marcas de cicatrizes. Os movimentos eram tão gostosos que acabei arranhando suas costas. Foi a motivação que ele precisava para ir mais rápido ainda. Empurrando, puxando, empurrando, puxando e empurrando mais firme ainda.
Meu gemido saiu mais alto ainda, Bruce cobriu a minha boca e apertou. Socando mais forte do que deveria.
Eu mal podia aguentar, mas queria mais.
— Shhh... — ele empurrou, sussurrando no meu ouvido. — Apenas estamos começando...
Vi ele sorrir de canto. Mordi seu dedo e ele empurrou com força, provocado.
— Seja uma boa gata... E não morda o seu dono.
Sorri divertida pela comparação. Mas não evitei de morder seu ombro.
— Então seja um bom morcego e faça isso durar 12 horas...
Ele riu... Mas não parou de se mover.
— Parece que alguém andou estudando biologia...
Não respondi, em vez disso o mordi mais forte. Queria deixar a marca dos meus dentes ali, mesmo que fosse temporária. Bruce não se importou, na verdade, pareceu aprovar o meu ato.
Ele deslizou a mão para a minha cintura, apertou algum lugar ali abaixo das costelas, senti um bem-estar tão grande que gozei. Ele sorriu entre os beijos, intensificando seus movimentos outra vez. Meu corpo implorava por mais, cada toque dele na minha pele me deixava arrepiada. Puxei seu cabelo com força, empurrando meu rosto contra o dele. Queria senti-lo inteiro. Ele fez o mesmo, as costas subindo e descendo sobre mim, esfregávamos um no outro, sentindo a pele suada e o cheiro de suor que apenas nos atiçava mais.
Trocamos de posição, ele entrando por trás. Batendo sua virilha contra a minha bunda. Empurrando e empurrando.
Apertei o travesseiro, jogando meu cabelo úmido para trás. Senti um beijo quente subir pelas minhas costas, os movimentos ficando mais rápidos agora. Era difícil manter a posição, minhas costas arqueadas começavam a doer, mas não me importei.
Olhei para ele com um olhar provocante. Vi seu rosto relaxado, ele fechava os olhos enquanto empurrava, vi o suor escorrer em sua têmpora e a magnífica revirada de olhos.
— Isso é... — ele empurrou. — bem melhor do que... — puxou. — já imaginei. — empurrou forte agora.
Meu rosto ficou vermelho. A ideia dele ter imaginado algo assim, me deixou com uma sensação estranha no peito. Uma mistura de tesão e surpresa.
Fechei meus olhos, respirando fundo. A noite só estava começando...
E o clima ficava cada vez mais quente entre nós.



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